Presidente de honra da Academia de Letras e Artes de São Francisco do Sul
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Crédito: jornal A Notícia |
É o mínimo que se pode dizer aos membros da Justiça Federal e do seu Ministério Público ante o crime ecológico — data vênia — cometido por ambos nas praias de Ubatuba e Itaguaçu, em São Francisco do Sul, ante a inércia da douta Procuradoria do Município, que transigiu processualmente da sentença condenatória, não recorrendo da malsinada condenação ao egrégio Tribunal Regional.
Aliás, também não requerendo desde a contestação fossem intimados da demanda proprietários e moradores de ambas as praias, cerceando-lhes a ampla defesa quanto aos seus direitos e interesses, em visceral ofensa à Constituição de 1988 da República do Brasil. E, pior, não houve qualquer audiência pública com proprietários e moradores convocada pelo Ibama, MPF e Prefeitura!
Parece que o cumprimento da sentença está sendo feito com requintes de crueldade, tal a pressa em arrancar árvores quase centenárias que davam agradável sombra, pouso e alimentos a pássaros; em devastar ninhos de corujas buraqueiras, quero-queros e espiamoças que, antes, eram protegidos pelo Ibama, a Polícia Ambiental e pela Procuradoria Federal de Justiça, além de pela Ameca e pela Aprema.
Lembro de que o ex-prefeito Odilon Ferreira de Oliveira, em sua última gestão, encomendou um projeto para as praias do leste da ilha, que, protegendo a restinga, além da vegetação, serviria aos residentes, visitantes, proprietários para passearem sobre um deck, o qual unia uma praia a outra de beleza e praticidade de causar inveja àquele de Miami. Mas não logrou realizá-lo proibido pelos mesmos devastadores de agora, que eram, então, protetores da santa natureza, composta nas praias pelos espiamoças, corujas e quero-queros. E ai do proprietário ou residente que violasse os 33 metros de terras , ditas de marinha! Ou consideradas de preservação permanente! Iam- se haver com a mesma Procuradoria da União e sua Justiça. Depois do Mensalão e do Petrolão, há que se dizer, saudosamente, como Cícero à Catilina: o tempora, o mores!
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