quinta-feira, 7 de julho de 2011

Os portos de Joinville

Expectador de uma reunião na Associação Empresarial de Joinville (Acij) esta semana telefonou para compartilhar duas observações (infelizes, na opinião da fonte) feitas durante o encontro. Na pauta, entre outros assuntos, estava a apresentação de um panorama por representantes dos portos de São Francisco do Sul e de Itapoá. Após as exposições, considerando a importância de ambos os terminais para as empresas joinvilenses, o presidente da Acij, Udo Döhler, sugeriu que os dois portos passassem a se chamar Joinville I e Joinville II. 


Döhler também destacou o papel da Acij no movimento contrário à criação da unidade de conservação pretendida pelo governo federal na baía Babitonga. Pelo raciocínio do líder empresarial, o projeto da União prejudicaria a atividade portuária. No entanto, afirma o pasmo expectador, tanto o “Joinville I” quanto o “II” jamais estiveram na área de abrangência da polêmica - e ainda no papel - reserva de fauna.

10 comentários:

  1. Prezado Saréd....

    Joinville, desde o início da colonização, pela Sociedade Hamburguesa, tem vocação a receber barcos, tanto que ao longo da história joinvillense, o rio cachoeira serviu como atracadouro de barcos que conduziam produtos agrícolas até a cidade, então embarcações se fixavam na Lagoa do Saguaçú, também no Porto do Bucarein; estes locais recebiam estas embarcações, parecendo uma marina de barcos.
    O Problema de Portos Industriais é que podem servir de meio-de-campo para aumento da poluição em referência à Baía da Babitonga, logo seria importante a criação da Reserva Babitonga, englobando diversas áreas como de preservação ambiental permanente, para assim o complexo Babitonga ser pautado enquanto lugar de turismo e outras atividades que geram auto-sustentabilidade, assim a região poderia fugir um pouco do massivo sistema capitalista que detêm a intenção dos lucros, sem, muitas vezes, se preocupar com bons salários aos funcionários, e sim, mantendo um ciclo de dominação capitalista, então, precisamos nos conscientizar deste potencial, para não virarmos presa fácil à lei da mais valia.

    Abraços a tod@s,
    Mateus.

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  2. fernandes pescador r.grande8 de julho de 2011 às 11:49

    não é de hoje que tratam o porto de são chico como pertencente a joinville ja demos terrenos para um aero porto uma ilha para univile, que por sinal nada trouxe de bom p são chico só usam nossos recursos, futuramente vamos dar vila da gloria p/ itapoa o linguado p/araquari quem sabe em pouco tempo não seremos só um bairro de joinvile.e tem sindicatos da area portuaria querendo pegar colonia de pesca sera q é só p/lazer.fala sério

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  3. Interessante. Novidade essa, Reserva de Fauna da Babitonga ainda não foi criada, portanto nem no papel está, senão seria uma "Unidade de Conservação de papel", ou "no papel", o que significa a existencia de um Decreto que de legitimidade ao território demarcado como UC, deixando se ser uma UC "de" ou "no papel" após sua implantação.Mas como ainda não o é, Joinville I e Joinville II soa apenas como um lapso geográfico do ilustre comentarista, nada que um bom GPS e o Google Earth não possa resolver.E um pouquinho de leitura a respeito do tema Unidades de Conservação. O restante são pérolas da sabedoria popular brasileira.

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  4. Sared,
    Eu estava presente na reunião. Quem fez a sugestão de denominar os portos (SFS e Itapoá) de "portos de Joinville" foi o representante do porto de Itapoá.
    Quanto à segunda impressão, não recordo de ter sido ventilada na reunião.
    Emerson (advogado)

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  5. Emerson, obrigado pela informação. São poucas as fontes que "merecem" off. Quando o damos, entendemos que essas fontes têm credibilidade suficente (e bons olhos e ouvidos!). Diante de uma informação errada, próximos offs passam a ser altamente ponderáveis. Vou checar com minha fonte novamente. Isso, claro, porque estou quilômetros distante de duvidar de ti. Obrigado!

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  6. Acredito que a ACIJ (e seus dirigentes) tem coisas muito mais importantes à discutir em relação aos portos de São Francisco e Itapoá e sua relação com o polo industrial de Joinville (e futuramente de Araquari) do que simplesmente mudança de nome. A simbiose entre porto, industria,comércio e outras vias de transporte é uma realidade necessária e traz como consequencia o desenvolvimento e o progresso para toda a região circunvizinha.
    São Francisco, por enquanto, tem poucas opções de progresso e o porto é uma delas.
    O progresso é necessário para a geração de empregos, mas deve estar embasado na sustentabilidade e proteção ambiental. Vamos explorar de forma harmônica nossos recursos não destruí-los.

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  7. Apenas lembrando... Comentários anônimos não são mais publicados. Escreva, PELO MENOS, o primeiro nome. Obrigado.

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  8. Sinceramente, pouco me importa se vão chamar Porto de Joinville I II, mil, Porto de Araquari, ou Porto do Mundo, o que se tem que pensar é a geração de empregos para os mais jovens e para os desempregados.
    Ressuscitar discurso de MAIS VALIA no Brasil atual,não é de bom tom, pois o que mais o brasileiro quer no momento é qualidade de vida, emprego, saúde, educação.

    Se alguns não perceberam a mudança, mas pode-se afirmar que o Brasil mudou, o mundo mudou, a tendência é nos tornamos Cosmopolitas, portanto, as cidades serão integradas mais e mais.

    O Porto de Sfsul, Itapoá vão continuar a crescer, assim espero e Sfsul vai dar certo, por mais que algumas mentes pequenas e defensores da santidade verde queiram.

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  9. A falta de opções de progresso ta na mente de quem não consegue ver novas opções.
    O mundo está mudando. Já vão tarde aqueles que pensam que o futuro está na industria. Foi a ganância dos grandes industriais que gerou todo esse caos que vivemos hoje.
    São Chico é a cidade mais antiga do sul do Brasil, tem a maior área de manguezais do sul do país, tem praias maravilhosas. Poderia MUITO BEM sobreviver sem grandes indústrias, sem Joinville, e até sem um porto.
    Com relação ao porto, também faz parte da história da ilha, portanto deve ser explorado. Mas sou veemente contra novos portos na região da Babitonga.
    Ao invés de pensarem em novos portos, porque não pensam em colocar uma universidade PÚBLICA de qualidade, com cursos de História, Geografia, Geologia, Turismo, Educação Física, Biologia, Oceanologia, Artes, Línguas e por aí vai .. somente citando os que podem ter ligação direta com a ilha e objetos de estudo in loco.
    Tenho certeza que TODAS as áreas da economia iriam melhorar seus desempenhos e trazer divisas para a cidade. A diferença? O dinheiro seria mais bem distribuído, além da própria evolução da sociedade francisquense, que está TOTALMENTE impregnada pelos valores retrógrados supracitados...
    Mas se for começar a falar da sociedade francisquense ficaria até amanhã aqui escrevendo...

    Obrigado pelo espaço democrático e aberto para opiniões, independente de corrente política

    Tiago

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  10. Oi Tiago, boa noite!!!
    Desculpe-me mas vou discordar de você em alguns pontos. Realmente São Chico poderia sobreviver sem indústrias, porto, Joinville e que tais, sobreviver apenas, estaríamos nus ou vestidos de tanga, caçando caranguejo com as mãos e morando em ocas, como nossos ancestrais, porque nossa vida gira em torno de produtos e processos industriais que necessitam ser produzidos em quantidades cada vez maiores. Será que estamos dispostos a encarar uma sociedade assim modelada?
    Escolas públicas com ensino de qualidade é realmente uma grande necessidade, mas há que se pensar em quais cursos e em que níveis, se técnicos e/ou universitários devem ser oferecidos. Sem indústria, porto etc, não haverá colocação para tantos bacharéis.
    Como TODAS as áreas da economia dependem de produtos e processos industriais não vejo como possam desenvolver-se sendo contrários a eles.
    Distribuição de renda deve passar pela melhor remuneração do trabalho e não por bolsas isto ou aquilo. Não podemos esquecer que "não existe almoço grátis" e que "para cada um que recebe sem trabalhar alguém trabalha sem receber (por isso recebe menos)". Há que se encontrar uma fórmula para alavancar aqueles realmente necessitados e não generalizar. Desvios, roubos, falcatruas, impostos excessivos, também devem ser combatidos. Um abraço e continue com as suas colocações, são bem postadas e esclarecedoras. Espero que sejam o ponto inicial de uma discussão mais ampla sobre nossa São Chico...

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