quarta-feira, 5 de março de 2014

Post da quarta de cinzas

Querido diário, 

que Carnaval ruim foi esse? Os últimos, na verdade. Não sei se é um fenômeno nacional, mas o de São Chico, que já foi um dos melhores do Estado, estão descaracterizando. O Cruzeiro entrou em decadência também há anos. Talvez um dos fatores seja a concorrência surgida principalmente na praia. O show do Pixote até que estava legal. Ponto positivo para a secretaria do possível pré a estadual, Augusto Kolling, que, aliás, poderia ter feito uma festa bem melhor e conseguido grande exposição social e midiática (além da RIC), que corroborasse suas ambições eleitorais. 

Música relacionada a Carnaval rareou. Virou carnafunk. Marchinha e samba pouco se ouviu no Centro Histórico. Nos outros lugares não sei. Não fui. Feliz foi o bloco Unidos do Centro Histórico, que manteve a tradição de momo até com bateria. Salvação da Babitonga - no passado lotada em todas as noites de festa. A Vagabunda continua tendo um papel muito importante na festa. Só faltou o lacre da placa. 

Imperadores do Samba, parabéns pelo título.


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Em menos de um mês, fui duas vezes duramente criticado pelo meu trabalho na rádio. Há uns dez dias a esposa de um estivador me mandou uma mensagem eletrônica lamentando meu abraço. Disse eu: “Um abraço ao povo do Ogmo, aos grevistas e a família... Ou às famílias.” Pronto. Imaginei que a indireta de poligamia renderia... Guiar-se pela máxima perco o amigo mas não a piada dá nisso. 

Mas segunda à noite me incomodei. Ao dar oi para o Godofredo, curtindo o Carnaval em frente ao Açoriano, fui metralhado com: 1) e a oposição, não tem espaço nessa rádio?; 2) a Rádio São Francisco causa um mal imenso à cidade; 3) a rádio só reproduz o discurso oficial; 4) o povo fica bitolado ouvindo apenas um lado da história. Houve mais rajadas, mas eu (também) havia tomado umas cervejas e acabei esquecendo. 

Demonstrando surpresa com o tom agressivo da ex-autoridade, argumentei (não vou lembrar de todos): 1) ele era apenas engenheiro e não mais fonte para aparecer cotidianamente na mídia; 2) que lideranças da oposição (institucional) eram Dodô e Chris Manão (seu antigo e atual correligionário. A oposição popular é virtual: o grupo do Face São Francisco do Sul Democrática); 3) que ele, Godo, era personagem de histórias pontuais (e assim o foi quando desembarcou do PSB; quando gentilmente analisou as manifestações de junho; quando o partido que dirigia ganhou a adesão da Marina Silva). Todas essas vezes a emissora lhe contatou. Mas acho que Godo não houve a rádio e desconhece o esforço que fazemos para ser o mais plural possível, veiculando graças e desgraças. Sejam elas vindas de um gari ou de um ex-prefeito. Deu-me a impressão de que frequentemente ex-poderosos não se conformam ao ter que enfrentar a realidade de serem cidadãos comuns após a passagem do bastão. 


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E esse Bradesco hoje? Previsivelmente, como era pós-feriado, estava um inferno. Fiquei uma hora na fila. Como sou precavido levei dois jornais e um livro. Eram dois caixas atendendo (e ouvindo reclamações da clientela). Aline Nunes (Procon), ainda que hoje fosse pós-feriado, o Bradesco pode nos fazer mofar uma hora na fila? Já vi agência bancária em outras cidades ser obrigada a fechar as portas por bem menos tempo judiar de seus usuários. O negócio é sugerir ao paitrão que contrate um seu Maneco para a emissora. 

Por falar em Procon, o órgão parece ter recebido reforço. O vice Scarpato ficou de divulgar amanhã em sua fanpage sua segunda edição de uma pesquisa de preço da cesta básica. Deixa o Zera saber disso.


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Descontentes com o aumento do IPTU (sim, ele aumentou; a gente só esqueceu disso durante a folia) prometem protestar na sessão da Câmara de amanhã. Querem apoiar o Dodô na reiteração de seu pedido para o Clóvis anular a lei que autorizou Zera a reajustar o imposto e a me inspirar nessa versão para A Jardinheira


A CHORADEIRA

Ô francisquense por que estás tão triste?/ 
Mas o que foi que te aconteceu?/

Foi o imposto que subiu no alto, quebrou minhas perna, e me f.../ (Bis)

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