terça-feira, 29 de abril de 2014

Concessão do Samae: batata quente para Clóvis à vista

O presidente da Câmara deverá precisar desempatar a votação do projeto de lei que pretende anular o plano de saneamento básico. Joel Santos e João do Gás (ambos PSD) têm tudo para somar-se aos oposicionistas Dodô (PSB) e Chris Manão (PMDB) na aprovação do projeto. 

Já a bancada pepista (Paulinho, Corujito e Tuta) e Teixeirinha deverão confirmar apoio a Zera. Com 4 votos a favor e 4 contra, cabe ao presidente da Mesa Diretora desempatar. E diferentemente do IPTU (também anulação da lei), o Prefeito não quer nem ouvir falar em dar marcha à ré. Já tem até data marcada para escolher a empresa que tocará a concessão da água e do esgoto: 26 de maio.

A proposta da oposição iria a votação hoje porque na semana passada faltou quórum (só 4 dos 9 vereadores deram as caras). Mas depois de mexer 3 vezes na ordem do dia, a presidência do Legislativo decidiu adiar a votação para o dia 6. Não houve justificativa formal para o novo adiamento da votação, mas uma das hipóteses é que seja para o governo ganhar tempo e convencer os vereadores a manterem a lei aprovada em 2013. Talvez não por outro motivo o diretor-presidente do Samae irá à Câmara nesta noite falar dos benefícios do plano atual. 

Essa contrariedade à concessão dos 2 serviços começou tímida. A referência de mobilização popular mais recente era a do IPTU, que afetou muito mais gente e de forma direta. Mas os trabalhadores do Samae botaram o pé na estrada e foram conquistando apoios.

O governo Zera já esteve bem menos preocupado com uma eventual dificuldade de abrir o Samae a empresas privadas. Não fosse assim, não teria colocado outdoors em busca de apoio popular nem teria aberto tanto espaço em seus canais oficiais de comunicação para o tema.

Aprovado na Câmara, o projeto de lei a ser votado dia 6 será aceito ou não (vetado) pelo Prefeito. Retornando à Câmara, precisará de 6 votos para virar lei (promulgado) ou não.

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